segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A relevância dos ativos intangíveis




A relevância dos ativos intangíveis

Reponta para os olhares prevenidos a importância estratégica que os ativos imateriais adquiriram na sociedade da informação e na economia do conhecimento. De fato, não se define mais o valor das empresas apenas e tão somente pelo peso de seus ativos materiais – capital físico e capital financeiro. Mas computam-se também os ativos intangíveis: o capital intelectual bem como o capital de reputação. Em muitos casos, os ativos intangíveis chegam a valer mais do que os ativos tangíveis, notadamente no setor de serviços. Daí o imenso cuidado que se tem, ou que se deveria ter, com a preservação, ampliação e consolidação dos bens imateriais. A experiência, aliás, demonstra que um deslize significativo no âmbito moral basta para pôr em risco esse patrimônio, sobretudo da parte mais sensível que é a reputação.
O que é a reputação? O conceito que uma coletividade atribui a uma organização ou um indivíduo, a percepção pública construída ao longo do tempo, um componente-chave da autoridade moral que se conquista a duras penas. Em termos correntes, corresponde ao prestígio, à fama, ao renome, à consideração ou ao respeito de que se desfruta. É possível estabelecer uma analogia entre um filme e a reputação, ao apanhar o movimento e a dinâmica que aquele se implica. Em contrapartida, a imagem de uma empresa lembra uma fotografia, o lado estático ou o corte instantâneo. Numa remissão à Gestalt, a imagem faz as vezes de figura, ao passo que a reputação se incorpora aos produtos e serviços como relação de confiança sedimentada no decurso dos anos ou como credibilidade pública. Cabedal moral, a reputação estabelece uma relação direta com o valor patrimonial da organização, da mesma forma que o capital intelectual: quanto maior for esse cabedal, maior será o valor patrimonial e quanto menor for, menor será o valor patrimonial.
“Persuadir cada homem de que deve olhar para si mesmo e procurar a virtude e a sabedoria, antes de olhar para os interesses do Estado. Esta deve ser a ordem que deve se observar. ”
(Sócrates).